segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Lula e a empresa suspeita de lavagem de dinheiro

Após o indiciamento pelo STF dos quarenta mensaleiros, no processo que apura as operações da organização criminosa que atuava dentro do Estado e do PT, surge nova denúncia, desta vez envolvendo o próprio Presidente, além de altos integrantes do PT e fundos de pensão ligados a petistas. Todos investiram numa empresa suspeita de lavagem de dinheiro. A notícia é do Jornal do Brasil (10.set.07), sob o título de Aplicação de risco duvidoso, em matéria assinada por Karla Correia:

  • "BRASÍLIA. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os três maiores fundos de pensão estatais - Petros, da Petrobras, Previ, do Banco do Brasil e Funcef, da Caixa Econômica - e integrantes do PT decidiram investir, nos últimos quatro anos, em uma cooperativa que, de uma das mais importantes construtoras de imóveis residenciais do Estado de São Paulo, transformou-se, nesse mesmo período, numa empresa com déficit financeiro estimado em R$ 100 milhões investigada por suspeita de desvio de recursos e lavagem de dinheiro. ....

    Trata-se da Bancoop, cooperativa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, fundada em 1997 pelo hoje presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), e comandada desde sempre pelo alto escalão do partido. Em maio de 2005, Lula adquiriu cotas da Bancoop para comprar um luxuoso apartamento dúplex de três quartos em um condomínio - o Mar Cantábrico - de dois edifícios que está em construção na Praia das Astúrias, localizada no balneário do Guarujá (SP), uma das regiões mais valorizadas do litoral paulista no mercado imobiliário. A cota está no nome da primeira-dama, Marisa Letícia, mas consta do patrimônio declarado pelo presidente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano passado, como candidato à reeleição. Na época, Lula tinha pago um total de R$ 47.695,38 em prestações. ....

    Segundo Blat, o maior indício de desvio de recursos está na situação financeira da cooperativa, que considera ser incompatível com seu sucesso em arrecadar recursos e atrair cooperados. Em meados de 2004, a Bancoop recebeu uma injeção de R$ 43 milhões arrecadados com a venda de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (Fdic) no mercado financeiro. O fundo de pensão da Petrobras (Petros), aparece como maior investidor, tendo aplicado R$ 10,6 milhões nos papéis da Bancoop. Em seguida vem a Funcef (Caixa Econômica, com R$ 11 milhões, e a Previ (Banco do Brasil), com R$ 5 milhões. Todos dirigidos por membros do Sindicato dos bancários ou filiados ao PT. Para piorar, segundo o promotor, a operação não foi avalizada pelos cooperados.

    - Esse dinheiro simplesmente evaporou - afirma uma advogada dos cooperados".

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