terça-feira, 22 de setembro de 2009

Direto de 1560...

Direto de 1560...


Quem acompanha com assiduidade a imprensa nota que, nos últimos tempos, tem-se multiplicado o noticiário de cunho ambientalista. Os pretextos são diversos para martelar uma série de chavões que, à força de serem repetidos, vão ganhando foro de evidência.

Chavões que não passam muitas vezes de verdades incompletas, de interpretações distorcidas, não raras vezes de afirmações científicas não comprovadas... ou até mesmo de fraudes!

8 Leia Ambientalismo: arrombando consciências

Aliás, tive oportunidade de analisar uma dessas fraudes no post anterior, a propósito da campanha publicitária elaborada pela DDB Brasil para a conhecida ONG ambientalista WWF Brasil.

Chuvas e enchentes em S. Paulo

Há dias a cidade de S. Paulo foi acometida por fortes chuvas, ventos e trovoadas, que causaram grandes enchentes e estragos, além de dolorosas perdas de vidas.

Imediatamente o noticiário trouxe à baila as chamadas “mudanças climáticas”, o “aquecimento global” e a ocorrência de fenômenos climáticos extremos, fruto da atividade humana. O ocorrido na capital paulista seria comprovadamente um desses fenômenos!

Dando mais um passo nessa “lógica” peculiar, o noticiário insistia na necessidade de mudanças drásticas nas atividades das sociedades modernas, com o fito de se resguardarem e conter os mencionados fenômenos climáticos extremos, acenando, por fim, para a importância do encontro das Nações Unidas sobre o clima, a realizar-se, em dezembro, em Copenhague.

Transformação de fatos em “provas”

As chuvas e enchentes foram transformadas, de modo subtil, em “prova” incontestável das teses ambientalistas e da necessidade de aceitar a agenda desses grupos. Tudo com uma pátina “científica”.

Diante do impacto das imagens e do noticiário, dos transtornos e prejuízos causados e da comoção suscitada por mortes trágicas, como se deu em S. Paulo, é compreensível que os espíritos fiquem mais predispostos a aceitar como evidentes, sem o devido espírito crítico, as correlações e explicações ambientalistas, entretanto em nada comprovadas.

Antes de tudo porque a própria tese científica do “aquecimento global” é seriamente contestada no meio científico. Para muitos cientistas o planeta não esquentou desde 1995 e há alguns que até defendem estar ocorrendo um esfriamento global. Segundo dados científicos, a década de 30 foi a mais quente do século XX (leia mais aqui) e segundo dados oficiais de três importantes institutos a capa de gelo polar Ártico cresceu 24% desde 2007 (leia mais aqui).

Além disso, não há comprovação alguma séria e com fundamento científico inequívoco de que fenômenos climáticos extremos sejam causados pela atividade humana.

Por fim, para haver fundamento na afirmação de que tais fenômenos – como as chuvas e enchentes de S. Paulo – são realmente inusitados, jamais vistos e “manifestações climáticas extremas”, fruto da mudança climática, é necessário comprovar que eles jamais ocorreram no passado. Será mesmo assim?

Um relato revelador

É precisamente sobre este último ponto que me quero debruçar aqui, trazendo-lhes um curioso e revelador relato de um passado bem remoto.

Tal relato foi reproduzido, neste último sábado (19.set.2009), pela jornalista Sonia Racy, em sua página “Direto da Fonte”, no jornal O Estado de S. Paulo, em um box intitulado Direto de 1560, que dá o título ao meu post. Convido-os a ler:

  • "Que sirva de consolo aos paulistanos: o estrago das chuvas, as casas destelhadas e inundações já atrapalhavam a vida no planalto de Piratininga há quatro séculos e meio, quando mal nascia a vila de São Paulo.

    Sabem quem o diz? A mais ilustre figura do lugar naqueles tempos, o padre José de Anchieta. Numa carta de 1560 ao geral dos jesuítas em Roma, Diogo Laínes, ele descreve um desses dias em que “com os trovões tremem as casas, caem as árvores e tudo se conturba”.

    Não havia 4 milhões de carros, nem semáforos apagados, nem lixo entupindo as galerias. Mas as manchetes, se houvesse, seriam as mesmas de hoje.

    Guardada no arquivo dos Jesuítas em Roma, a carta veio a São Paulo em 2004, para exposição da Associação Comercial, pelos 450 anos da cidade. Remexendo cópias do material, Guilherme Afif, hoje secretário de Serra, acabou reencontrando a preciosidade.

    “Não há muitos dias”, narra Anchieta, “de repente começou a turvar-se o ar, a enevoar-se o céu”. O vento “abalou casas, arrebatou telhados, arrancou pelas raízes grandíssimas árvores, de maneira que nos matos se taparam os caminhos sem ficar nenhum”.

    Podia acontecer a qualquer momento. Pois “na primavera, que aqui começa em setembro, e no verão, que começa em dezembro, caem abundantes e freqüentes chuvas (...). Há então enchentes dos rios e grandes inundações nos campos”.

    E o mais admirável, acrescenta, “é que os índios, entretidos em seus beberes e cantares, não deixaram de dançar nem beber, como se estivesse tudo no maior sossego”.

    Hoje, o paulistano ainda dança. Só que miudinho. "
Será que os fenômenos descritos pelo Bem-aventurado José de Anchieta, tão idênticos às tempestades destes dias, eram fruto das emissões de CO2, do aquecimento global, do desmatamento, da extinção das espécies, etc., etc.?

Como dá facilmente para perceber, as chuvas e enchentes destes dias nada têm de inusitado, nem muito menos de “prova” das tão anunciadas catástrofes ambientais. Devemos prestar muita atenção nas “evidências” e “conclusões” que nos são oferecidas (ou, melhor, impingidas) como incontestáveis.

Perigos dos mecanismos da propaganda

Continuo a achar que o perigo maior não são os fenômenos climáticos, mas a manipulação que em cima dos mesmos fazem certas correntes, com fins bem pouco claros.

Vivemos na era da propaganda! E foi com base nela e nas mentiras elaboradas com seus possantes mecanismos que se sustentaram e sustentam regimes políticos despóticos e assassinos.

Por isso acho que devemos tomar cuidado para não repetir insensatamente e sem conhecimento de causa falsidades com foros de “evidência”, tornando-nos assim “inocentes úteis” a serviço de interesses escusos dos que utilizam a fraude como método.

Que nos valha esta advertência vinda desse longínquo ano de 1560!

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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Ambientalismo: arrombando consciências

Ambientalismo: arrombando consciências



A mídia tem suas curiosidades. O comum das pessoas dá por certo que um dos interesses dos órgãos de comunicação é a matéria sensacional. De vez em quando, entretanto, a mídia faz um silêncio absoluto, ou quase tanto, a respeito de determinado assunto que se julgaria próprio a preencher essa sua busca por temas de grande impacto. É o caso do tema que comento agora.

11 de setembro e tsunami
Analise a foto que está acima! Um esquadrão de aviões civis de passageiros mergulha sobre Manhattan – onde ainda se vêem as Torres Gêmeas – e está a ponto de colidir com a imensa massa de edifícios. À direita uma frase: O tsunami matou cem vezes mais pessoas do que o 11 de setembro. Abaixo outra frase complementa: O planeta é brutalmente poderoso; preserve-o.

Conforme a propaganda acima, o tsunami seria um super 11 de setembro, com cem vezes mais vítimas, provocado pela incúria e pela agressão dos seres humanos ao planeta Terra, tornando-se, pois, imperioso preservá-lo conforme a agenda ambientalista.

Repúdio generalizado
A exploração da tragédia do 11 de setembro causou compreensível comoção nos Estados Unidos. Comoção que chegou ao repúdio quase generalizado, se se levar em consideração que a tragédia do 11 de setembro não foi fruto do acaso e do infortúnio, mas de um ataque premeditado e brutal, inspirado pela ideologia islamo-fascista que hoje inspira diversos grupos terroristas e tem acolhida em alguns regimes políticos.

A campanha publicitária, da qual faz parte também um vídeo (inscrito no Festival de Cannes), foi elaborada pela conhecida agência de publicidade DDB Brasil, a pedido da famosa ONG ambientalista WWF Brasil.

Ela se destinava, pois, a ser veiculada em nosso país, o qual vai ganhando explicável destaque internacional no quesito ambiental, por causa da Amazônia e, sobretudo, no momento em que a Senadora Marina Silva, há pouco saída do PT, se tornou a nova vedette política, como potencial candidata à Presidência, trazendo para o centro do debate a chamada agenda ambientalista.

Pela enorme repercussão negativa causada pela propaganda na Internet, especialmente entre os especialistas de marketing; pelo grande estardalhaço causado nos Estados Unidos, em que a matéria foi parar nos noticiários de todas as TVs, e em importantes jornais; por ser uma publicidade elaborada por uma agência de propaganda no Brasil e para uma ONG também no Brasil, para aqui ser veiculada, nada mais natural que todo este assunto tivesse obtido grande repercussão na mídia nacional. Curiosamente, assim não se deu, o que não deixa de causar estranheza.

Ofensivo e de mau gosto
O anúncio, foi classificado como “absolutamente horrendo e desprezível” por um dos mais importantes nomes da criação publicitária, Mark Wnek, presidente da conhecida agência Lowe, de Nova York. E o apresentador Keith Olbermann da MSNBC, no programa “Countdown”, colocou a equipe da DDB Brasil na lista das piores pessoas do mundo.

A indignação com a peça publicitária fez com que a WWF internacional tentasse desvincular-se de sua filial brasileira, classificando o anúncio de “ofensivo e de mau gosto” e afirmando que o mesmo “jamais deveria ter visto a luz do dia”.

Por fim, a própria WWF Brasil conjuntamente com a DDB Brasil manifestaram, em comunicado conjunto, seu pesar pelo lamentável incidente, atribuindo-o à inexperiência de alguns profissionais envolvidos: “WWF Brasil e DDB Brasil reafirmam que tal anúncio jamais deveria ter sido criado, aprovado ou veiculado. E lamentam o ocorrido, reiterando pedido de desculpas a todos os que se sentiram ofendidos”.

Além de brutal, fraudulento
A exploração emocional da crueldade do atentado terrorista do 11 de setembro causou, como vimos, repúdio generalizado nos Estados Unidos. Há outro aspecto, entretanto, que parece de grande importância e de maior gravidade e que, a meu ver, não foi suficientemente ressaltado.

Conforme a peça publicitária em questão, o tsunami seria uma reação brutal do planeta, em face das contínuas agressões do homem civilizado.

Ora, o tsunami nada tem a ver com eventuais e alegadas agressões feitas pelo homem ao meio ambiente. O que levou Ken Wheaton a afirmar, no artigo publicado no site da Ad Age (1.set.2009), a “bíblia” da publicidade: “Isso mostra que os criadores são também cientificamente ignorantes: afinal, tsunamis nada têm a ver com preservação ou conservação. São tipicamente causados por abalos sísmicos ou outras forças geológicas, que, pelo que verificamos, não são afetados pela extinção animal, pelo desmatamento ou pelo aquecimento global”.

A referida propaganda tenta, pois, convencer o público das imperiosas necessidades da agenda ambiental através de uma comparação fraudulenta!

Ambientalismo apocalíptico
Aqui está, a meu ver, o nervo da questão: o ambientalismo não hesita em recorrer ao impacto emocional mais cruel, e até à fraude, para inocular na opinião pública seus “argumentos” e “conclusões”.

Por métodos não racionais e inescrupulosos artifícios de propaganda , o ambientalismo apocalíptico sugestiona o público, impingindo-lhe como evidente, como um “fato” que entra pelos olhos, o que não passa de uma ficção. No passo seguinte, convence suas vítimas a aceitar como necessárias mudanças civilizacionais.

Deste modo o ambientalismo, a denominada revolução verde – como, aliás, muitos movimentos revolucionários – arromba as consciências, fazendo-as aceitar falsas soluções, para problemas inexistentes.

Por este motivo o influente Bjorn Lomborg, o dinamarquês de 43 anos autor de O Ambientalista Cético, afirmou em conferência proferida em São Paulo que os ambientalistas fazem com a Humanidade o que faria um criminoso que colocasse um revólver na cabeça de sua vítima e lhe exigisse tomar uma decisão imediata. É difícil imaginar, dizia ele, que tal decisão fosse ponderada e racional.

Fácil é compreender que, diante deste terrorismo publicitário – e a propaganda acima é um exemplo acabado disso – cientistas de boa fé, experientes e com muitos títulos acadêmicos, encontrem por vezes dificuldade em dissipar os exageros e as mentiras do catastrofistas ambientais. Os primeiros apresentam fatos, argumentos lógicos, demonstrações; os segundos manipulam medos recorrendo a inescrupulosos artifícios de propaganda.

Fraude isolada?
Compreendo bem que alguém objete ser exagerado tirar todas estas conclusões apenas de uma propaganda, realmente fraudulenta, mas única.

Em matéria de fraude ambientalista, esta propaganda, infelizmente, não é um caso isolado.

8 Para conhecer mais a este respeito leia o blog sobre ecologia, clima e aquecimento.

O coro de vozes dos cientistas chamados de “realistas” ou “céticos” tem crescido a cada dia. Eles apontam má-fé, incongruência e fraudes nos “estudos” do ativista Al Gore e do próprio IPCC (Intergovernamental Panel on Climate Change), o painel da ONU que estuda a mudança climática.

Tais cientistas não compreendem como Al Gore e o IPCC possam ter ganho o Prêmio Nobel da Paz com sua campanha anti-científica, ideológica e até estelionatária de um catastrofismo climático.

Uma catadupa de estudos, análises, coleções de dados do mundo real e de denúncias de aplicações improcedentes de modelos matemáticos, vão deixando em situação delicada o IPCC e o próprio Al Gore.

Mais de 700 cientistas do mundo todo contestaram as afirmações do relatório do IPCC, elaborado por 52 cientistas. A informação encontra-se no relatório de 255 páginas (U.S. Senate Minority Report), publicado em 2009 sob os auspícios do Comitê do Senado americano para Meio Ambiente e Obras Públicas.

Uma vez mais chamo a atenção: a mídia, sempre tão afeita a tudo que é informação sensacional... calou!

O verdadeiro “motor” do ambientalismo
A importância da agência publicidade e da ONG envolvidas no escândalo da peça publicitária intitulada Tsunami, mostra bem a que altos níveis se estende a manipulação ambientalista. Tal manipulação não é apenas coisa de desinformados, ou de amadores. Ela faz parte, em boa medida, das táticas da chamada “revolução ambiental”.

Resta uma pergunta: afinal o que move o ambientalismo? Será mesmo o desejo inocente e altruísta de preservar o planeta e o meio ambiente? Ou, por trás desta fachada, se operam manipulações, cuja intenção é criar um clima emocional e de terror que arrombe as consciências e as faça aceitar uma série de mudanças nas mentalidades, nos estilos de vida, apresentadas como “necessidades imperiosas” para a “sobrevivência” do planeta? E tais “imperiosas” mudanças para onde apontam? Parecem visar uma alteração, em seus fundamentos, da atual ordem de coisas – voltada para a produtividade e o desenvolvimento – rumo a uma sociedade primitiva e “despojada”.

Se não for assim, por que o ambientalismo tem necessidade de mentir de modo tão grotesco para alcançar um fim que seria reto e inocente?

É bom não esquecer que, ao longo da História, as revoluções se travestiram em defensoras dos povos e das liberdades, mas acabaram por criar verdadeiras máquinas de extermínio – o Nazismo e o Comunismo são apenas os exemplos mais recentes – moldando “civilizações” que vilipendiaram o Direito Natural, violentaram a natureza humana em seus aspectos mais elementares, e, em nome de uma libertação das “amarras” do Cristianismo, erigiram como “modernos” hábitos, costumes e métodos neo-pagãos.

"Eu não acredito no aquecimento global... ele se transformou em uma nova religião", afirmou o Prof. Ivar Giaever, Prêmio Nobel da Física de 1973.

Pensemos nisto!
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