MST e Governo: cumplicidade malfazeja
Alguém ainda tem dúvida de que "era para valer"? Sim, para valer! Alguém tem dúvida de que o PT, do Presidente Lula, está por trás dos ataques à Vale, perpetrados pela tropa de choque do MST? E de que era "para valer" o apoio dado pelo partido à campanha pela reestatização da Vale, ao contrário do que afirma o Presidente?
Seqüência esclarecedora
Vejam a seqüência:
1 - O PT, no seu 3º Congresso realizado há pouco (e amplamente dirigido pelo Planalto), declara sua reaproximação com os "movimentos sociais" e decide aprovar, por grande maioria, o apoio ao plebiscito pela reestatização da Vale do Rio Doce.
2 - Lula diz que "não é para valer" o apoio dado pelo PT.
3 - Os organizadores do tal plebiscito (para chamá-lo assim) e tendo o MST na dianteira afirmam que em função do sucesso do mesmo vão começar a atuar contra a Vale.
4 - Numa das ações, alguns militantes ocupam os trilhos da ferrovia de Carajás. A Vale consegue com a Justiça Federal que forças policiais protejam os trens contra "atos atentatórios" do MST.
5 - O MST mobiliza mulheres, crianças e idosos e volta a ocupar a linha férrea da companhia, em outro trecho, instalando acampamento em cima dos trilhos, desrespeitando assim a ordem judicial. Pela ferrovia circulam trens que transportam diariamente 250 mil toneladas de minérios, combustível para abastecer 20 municípios do sudeste do Pará e cerca de 1.300 passageiros.
6 - A Vale tenta, sem sucesso, convencer o governo do Pará e o Ministério da Justiça a cumprirem a ordem judicial.
7 - A governadora do Pará, Ana Júlia, (do PT, o partido de Lula) diz que seu principal objetivo é obrigar a Vale do Rio Doce a negociar com o MST. Ou seja, o desrespeito aberto à ordem legal promovido pela governadora.
8 - A visibilidade da empresa, e a importância que tem para a imagem do País no exterior o desrespeito à lei nos ataques do MST, exigiriam de Lula uma medida enérgica e um pronunciamento claro. Mas Lula se mantém num silêncio cúmplice...
9 - Por fim, o governo "cedendo à pressão", decide negociar com o MST. Ou seja, o trato privilegiado aos "companheiros" que violam a lei e afrontam a Justiça.
Assim governam Lula e o PT. Aprovam no Congresso do partido a campanha pela reestatização da Vale; Lula diz que não é para valer; financiam o MST, sua tropa de choque, e acobertam suas ações ilegais, no caso concreto contra a Vale; não defendem a Vale em seus legítimos direitos; e, por fim, negociam com os que afrontam a ordem legal (veja abaixo os posts Cartilha anticapitalista na Universidade e MST sabota a Vale do Rio Doce).
O escárnio à Justiça vai continuar
O jornal O Estado de S. Paulo (21.out.2007) dedica um de seus editoriais (Escárnio à Justiça), à operação de ataque do MST à Vale do Rio Doce. Ao comentar a nota à imprensa na qual a Vale do Rio Doce manifesta sua "perplexidade" por ser alvo de ativistas cujas reivindicações não têm vínculo com ela, "como a defesa da reforma agrária e protesto contra o imperialismo", afirma:
- "Aí existe até uma certa ingenuidade, por parte dessa empresa, por supor que o MST e seus assemelhados necessitam de qualquer “vínculo” para justificar suas predatórias invasões e ocupações. Suas bandeiras agora são outras bem mais “modernas”, tais como: reestatização, luta contra os transgênicos, ambientalismo e outros temas bem em moda. O que o MST não modernizou foi seu método de operação, que continua predatório e praticante dos mais diversos vandalismos como sempre. Pois as pedras que agora joga nos trens em Carajás têm tudo que ver com os saques de caminhões, as invasões de fazendas produtivas - com depredação de suas sedes, matança de seus animais, colocação de seus funcionários em cárcere privado, etc. -, os saques e destruição de cabines de pedágio, a invasão e depredação de imóveis públicos, o cerceamento do livre direito de ir-e-vir dos cidadãos nas estradas e outros abusos semelhantes. E por sobre tudo isso o que menos mudou, no MST e assemelhados, é o grande escárnio que fazem às decisões da Justiça.
Apesar de liberada no fim da manhã de quinta-feira, pelos 3 mil emessetistas que a ocupavam - depois de a Justiça ter dado 5 dias de prazo para a governadora acionar a força policial -, a ferrovia da Vale no Pará continua sofrendo a mesma ameaça e o mesmo risco, porque tudo depende do que for acertado na reunião que o governo, cedendo à pressão, marcou com os sem-terra, para o dia 25. Como disse a coordenadora estadual do MST: “As famílias não vão abandonar o local, apenas permitiremos a passagem dos trens da Vale do Rio Doce, enquanto durar a negociação com o governo.” Quer dizer, o escárnio à Justiça vai continuar, porque funcionou!"
Um comentário:
nos tratam como se fossemos palhaços!!! é rir para não chorar!
beijo :)
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