MST sabota a Vale do Rio Doce
Assim governam Lula e o PT: com a arma da duplicidade! O discurso quase nunca confere com a prática.
O PT, em seu 3º Congresso, decidiu por ampla maioria dar apoio ao chamado plebiscito contra a privatização da Vale do Rio Doce. Lula logo se apressou a dizer que o apoio do PT "não era para valer".
Agora o MST, a tropa de choque petista, em nome do apoio dado a esse plebiscito, investe em ações ilegais contra a Vale do Rio Doce, gozando da impunidade. O mesmo MST que continua a receber trato privilegiado da parte do governo Lula, inclusive grossas somas de verbas públicas (ver post abaixo Cartilha anticapitalista na Universidade).
Guerrilha e "esquerda católica"
A reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo (8.out.2007), sob o título MST tenta paralisar trens da Vale é altamente elucidativa. Assinada por Nilson Brandão e por Carlos Mendes, deixa claro que o MST vai, cada vez mais, enveredando por ações próprias a uma guerrilha e como as fazendas ocupadas pelo movimento, longe de se destinarem à produção agrícola, servem como base de apoio para os ataques de caráter para-militar do movimento.
A reportagem deixa igualmente transparecer o apoio dado a tais ações ilegais do MST pela chamada "esquerda católica", encastelada na CNBB e animadora das pastorais sociais. Aliás, continua a ser essa mesma "esquerda católica", ainda que na sombra, uma das mais dinâmicas forças propulsoras do governo Lula:
- "Um grupo comandado pelo Movimento dos Sem-Terra (MST) tentou ontem, em Parauapebas, no município de Carajás (PA), paralisar o tráfego de trens na Estrada de Ferro Carajás, que liga a unidade de produção da Companhia Vale do Rio Doce na região a São Luís (MA). ....
30 militantes do MST se sentaram sobre a via férrea, na tentativa de interromper o tráfego, mas não tiveram êxito. Depois de rechaçados, os manifestantes resolveram acampar numa região próxima, deixando sinais de que pretendem prosseguir com o protesto. A Vale disse que a presença dos invasores na região traz “um clima de insegurança para a operação (da ferrovia)” e a empresa teme uma nova invasão e danos aos trilhos.
Em Parauapebas, o comando do MST informou que seu objetivo é reunir 2 mil pessoas, em sua maioria agricultores sem-terra acampados em várias fazendas invadidas na região, para realizar uma passeata na cidade contra a privatização da Vale e depois paralisar o tráfego na linha férrea. As unidades do Exército em Marabá estão em alerta, prontas para ocupar, a qualquer momento, o pátio da ferrovia. ....
A maior justificativa para a ação, disse o comando do MST na região, foi que o plebiscito organizado no dia 7 de setembro pelo Grito dos Excluídos teria sido amplamente favorável à reestatização da Vale. O resultado da consulta popular coordenada pelo movimento será anunciado hoje em Brasília pelo líder nacional do MST, João Pedro Stédile. ....
Segundo o MST, 64 organizações apoiaram o plebiscito, entre elas, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), várias pastorais sociais, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União Nacional dos Estudantes (UNE). O processo de votação informal também foi apoiado pelo PT, por decisão do 3º Congresso Nacional da legenda".
Um comentário:
Postar um comentário