No mesmo congresso do PT em que Lula pregou a solidariedade com os "companheiros" indiciados pelo STF; no mesmo congresso do PT em que se propôs uma Constituinte para a reforma política; nesse mesmo congresso do PT, Ricardo Berzoini propôs o fim do Senado, para "agilizar" o processo legislativo.
O PT e o governo Lula (ou seja, o próprio Presidente) trabalharam com afinco para absolver seu aliado Renan Calheiros. Ao mesmo tempo achincalharam a instituição do Senado e a desprestigiaram. Deste modo, além de salvar o aliado político, trabalharam para alcançar o fim do Senado. Preocupante!
No artigo Vitória envergonhada, na Folha de S. Paulo (13.set.2007), Carlos Heitor Cony, analisa os efeitos da absolvição de Renan Calheiros, fruto da ação do governo Lula:
- "O episódio é a manifestação da truculência de um governo que não tem nenhum escrúpulo em manter o seu dispositivo de força. Mal comparando, com a força militar do regime que acabou em 1985.
O diferencial de uma força para outra é o grau de hipocrisia, que era bem menor no tempo dos militares, que geralmente assumiam o "que" e o "como" faziam. No governo petista e de seus aliados circunstanciais, o discurso ostensivo é pela moralidade, com a qual combatiam governos anteriores. Por baixo do pano e por cima das conveniências, predomina a necessidade de manter um grupo no poder por 20 ou mais anos".
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