Os petistas, o próprio Presidente Lula, seus aduladores de todos os tipos (seja na imprensa, na intelectualidade, etc.) não se cansam de dizer que o mensalão não constituiu um crime do PT e do governo Lula, mas quando muito um "erro" de alguns companheiros. Esse mantra continua a ser repetido mesmo após o STF ter indiciado os quarenta denunciados no processo do mensalão e ter admitido a existência de uma organização criminosa dentro do PT e do governo.
No artigo Nas mãos do PT, publicado na revista Veja (12.set.2007), André Petry assinalou que, por ocasião da votação do processo por quebra de decoro parlamentar de Renan Calheiros, o PT teria ocasião da fazer a prova dos nove sobre se o partido está ou não comprometido com a ética na política, e se seus "erros" são de pessoas ou do próprio partido. Dos doze senadores do PT, supunha-se que quatro, por sua trajetória pessoal, votariam pela cassação de Renan. A incógnita permanecia em relação aos restantes oito, que se tornariam assim o fiel da balança. Como efetivamente aconteceu.
- "No fundo, a votação do caso Renan colocou nas mãos desse oito petistas dois destinos graves. O primeiro é o destino do próprio PT. .... Absolvendo Renan, o PT estará a despedir-se do último resquício de sua própria história. E, desta vez, definitivamente não como "pessoas", mas como partido mesmo.
O outro destino que caiu nas mãos dos oito, embora também esteja nas mãos de todos, diz respeito ao próprio Senado. Há 100 dias, o Senado sangra com seu presidente afundando na lama. Com a absolvição de Renan, o sangramento pode evoluir para hemorragia - que, em vez de explosiva e barulhenta, tende a ser silenciosa, num misto de indiferença e desprezo. ....
Nesta semana, esses petistas resgatarão um pedaço - ou enterrarão por completo - da bandeira ética que, um dia, pareceu ser levantada com orgulho pelo PT".
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