Os adeptos do atraso, os defensores do socialismo (que agora denominam do século XXI) querem reeditar as mazelas estatistas que foram causa de desastres sem nome em todos os países onde foram implementadas. Com um discurso nacionalista, para iludir certos desavisados, exigem que a Companhia Vale do Rio Doce volte a ser do "povo". Para isso se mobilizam, inúmeros movimentos de esquerda e, é claro, o progressismo católico mais radical, como se viu no "Grito dos excluídos".
Também no 3º Congresso do PT o tema veio à baila, e a proposta pela reestatização da Vale foi votada favoravelmente pela maioria presente ao Congresso, bem como a adesão do partido ao "socialismo sustentável". Ou seja, nos votos favoráveis estavam os dos representantes da ala à qual pertence o Presidente Lula. Mas logo correu, numa daquelas típicas artimanhas petistas, que Lula era contrário à proposta. Ninguém ouviu o Presidente dizer qualquer palavra nesse sentido. Porque ele não se demarcou dessa posição do PT? Porque este é, no fundo, o sonho de Lula, a reestatização da economia. Só não a empreendeu até agora por tática. Vejam-se as inúmeras medidas que, pouco a pouco, vai tomando seu governo para que a presença do Estado na economia cresça.
Para "tirar as dúvidas" que possam ter os opositores da privatização da Vale, aqui estão alguns números que por si só impressionam e demonstram como o País se beneficiou com essa medida, que expandiu investimentos, criou muitos empregos e multiplicou a contribuição em impostos. O artigo, A verdade sobre a privatização, é de Suely Caldas e foi publicado no Estado de S. Paulo (9.set.2007):
- "Os arquivos da empresa mostram números extraordinários da Vale privada, quando comparados aos da Vale estatal. Alguns exemplos:
Em 1997 a Vale estatal pagou à União US$ 110 milhões em impostos e dividendos. Depois de nove anos de privatização, em 2006, essa quantia saltou 23 vezes para US$ 2,6 bilhões.
Nesse mesmo período, o número de empregados cresceu cinco vezes, de 11 mil para 56 mil. As exportações triplicaram, de US$ 3 bilhões para US$ 9 bilhões.
A produção expandiu de 100 milhões de toneladas para 250 milhões.
Entre 1943 e 1997, portanto em 54 anos de controle estatal, a Vale investiu a soma de US$ 24 bilhões. Em apenas seis anos de gestão privada, entre 2001/2006, ela aplicou US$ 44,6 bilhões em investimentos, criando riqueza para o País".
Um comentário:
J. Sepúlveda: Parabéns pelo post. É inacreditável que por maior que seja à eloqüencia dos números, ainda se bata na tecla da reestatização. O governo nunca foi nem nunca será, um administrador competente e o discurso estatizante está intimamente ligado ao clientelismo, que serve à propósitos quase inconfessáveis. Esta visão fora de moda,de fracasso provado e comprovado, só pode mesmo habitar corações e mentes que insistem em olhar para o passado, como uma espécie de Curupira de ponta-cabeça. O mais grave é que este discurso de exaltação à ineficiência, encontra eco junto aos "intelectuais de Esquerda"(?), seja lá o isso for!...Um forte abraço, e mais uma vez, parabéns.
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