O presidente do Senado, Renan Calheiros, ameaçou o PT e o governo. Não morreria sózinho! Iria para o "tudo ou nada", com a política da terra arrasada. O governo sentiu-se na obrigação de evitar a cassação. Fica a pergunta: afinal, o que o governo e Lula temem tanto da parte de Renan Calheiros? Os estilos e ameaças do Senador são bem mais próprios a membros de organizações delituosas. E, igualmente, as medidas tomadas no Senado para cercar de sigilo a sessão. É o que comenta o editorial da Folha de S. Paulo (13.set.2007), Absolvido em segredo:
- A decisão que o beneficiou não interrompe a corrosão de sua imagem, dada a quantidade esmagadora de denúncias que se seguiram ao primeiro escândalo. Ainda que salvo, desta vez, o seu mandato, Renan Calheiros não reúne as mais elementares condições políticas para manter-se como presidente do Senado. Tudo se fez para dar maior conforto e tranqüilidade aos defensores do presidente da Casa. Proibiu-se o uso de celulares durante a sessão, realizou-se uma varredura eletrônica no plenário, arrancaram-se microfones da sala. Procedimentos de sigilo que caberiam melhor numa reunião entre lideranças da contravenção do que em plenário de um dos Poderes da República.
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