sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Tributos e gastos públicos não páram de crescer

Surgem continuamente na imprensa, e na imprensa especializada, alertas quanto ao inchaço do Estado e ao crescimento desmedido dos gastos públicos. Para não causar apreensões no mercado, o governo Lula tem mascarado seus gastos crescentes, com impostos também cada vez maiores, permitindo-lhe assim exibir um superávit primário mais elevado.

Mas nota-se, cada vez mais, o viés ideológico que vai sendo impresso à economia, com o já mencionado inchaço do Estado, com as políticas assistencialistas (consideradas por Lula como "investimentos"), a intervenção na economia, o enfraquecimento das agências reguladoras e o total descaso da infra-estrutura do País.

Cristiano Romero, no jornal Valor (12.set.2007), em artigo intitulado Gastos: uma trajetória insustentável, mostra como o governo Lula expandiu a despesa com pessoal, com a contratação de milhares de funcionários e a concessão de generosos reajustes salariais. Entre 2003 e 2006 um crescimento, em termos reais, de 14,3%. E o governo promete mais para 2007 e 2008:

  • "Um cuidadoso levantamento sobre a evolução das despesas públicas nos últimos sete anos, feito pelo economista Amir Khair, confirma ser insustentável a trajetória dos gastos do Estado brasileiro. Não se trata, aqui, de prever o caos. No atual modelo fiscal, a carga tributária cresce ano a ano justamente para fazer frente à escalada irracional das despesas públicas. Com isso, assegura-se a geração de superávits primários tranqüilizando os credores da dívida pública. ....

    É importante observar de forma crítica o comportamento das contas públicas nos últimos anos e avaliar as perspectivas. Se nada for feito para mudar o regime fiscal, a carga de impostos e os gastos continuarão subindo, aumentando o tamanho do Estado na economia e abortando a possibilidade de o país crescer a taxas mais elevadas nos próximos anos. ....

    O que não é recomendável é que, a partir da idéia de que o Estado pode tudo, e efetivamente ele não pode, o setor público cresça, como vem acontecendo, acima de limites razoáveis, gerando ineficiência e impedindo o crescimento da economia como um todo".

3 comentários:

Simone Serrou disse...

O exercício da cidadania requer conscientização de muitos diante de fatos concretos como o da carga tributária brasileira que é a segunda maior do mundo. E a corrupção como um câncer a ceifar vidas de muitos cidadãos que tem o DIREITO de servir-se dos tributos que paga através de bom atendimento em todos os setores públicos, principalmente o setor da Saúde.

Paulo Woolf disse...

MEUS PARABÉNS PELO CONJUNTO DA OBRA.

Paulo Woolf disse...

Meus parabéns pelo conjunto da obra.