Na França a esquerda foi amplamente derrotada nas últimas eleições presidenciais. Nem a "musa" socialista, Segolène Royal - tão exaltada por amplos setores da mídia, que não hesitavam em declará-la a grande favorita - conseguiu reverter a tendência da opinião pública.
Agora os socialistas se confessam em uma das mais graves crises históricas do Partido e seu líder máximo, François Hollande, afirma que o socialismo, com suas propostas, não fala mais uma língua inteligível pelo público.
Na esteira da vitória presidencial, Nicolas Sarkozy, começa a empreender as reformas necessárias para libertar a França dos "grilhões" do passado estatista, deixando para trás as decrépitas fórmulas socialistas da economia.
O conhecido articulista Gilles Lapouge analisa a política do presidente francês, em artigo para O Estado de S. Paulo (21.set.2007), Sarkozy semeia ‘nova sociedade’:
- "Nicolas Sarkozy atacou em cheio o capítulo mais perigoso do seu programa de governo: a reforma econômica e social do Estado. Reforma não é o termo mais apropriado. Melhor dizer: a invenção de uma “nova sociedade”. E começou o trabalho com violência. Dirigindo-se a 5 milhões de funcionários públicos que custam ao Estado 1 bilhão por ano. ....
Qual é a linha geral? Ele jurou arrancar a economia dos seus grilhões “estatais”, ampliando definitivamente o território da empresa privada. A intervenção do Estado é uma tradição antiga. Remonta a Colbert, Napoleão, de Gaulle. Fora da França, porém, observa-se o oposto. É o liberalismo, a lei do mercado e a livre empresa que triunfam.
A França, país ideológico e pouco pragmático, sempre rejeitou essa ruptura com o passado. Sarkozy deseja que a França realize essa revolução, que o país se adapte ao novo século. E joga pesado".
Afinal, na campanha eleitoral, o "fantasma" com que Lula tentou, desonestamente, assustar os brasileiros trazia o nome de "privatizações". E no recente Congresso do PT, que endossou a defesa do "socialismo sustentável", os clamores pela reestatização da Vale do Rio Doce foram o grito simbólico do partido do Presidente em favor de uma ampla reestatização da economia.
Marchas em sentido inverso: na França para a modernidade; no Brasil para os modelos retrógrados do "socialismo sustentável".
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