terça-feira, 20 de novembro de 2007

Pe. Lancelotti, a "esquerda católica" e o PT

Pe. Lancelotti, a "esquerda católica" e o PT
Se há uma história que está bem longe de ser esclarecida é a do Pe. Júlio Lancelloti.

Grande ídolo da "esquerda católica" e da Teologia da Libertação, ligado aos movimentos sociais e muito próximo ao PT, o Pe. Lancelloti sempre foi conhecido por sua "opção preferencial pelos pobres". Opção que, utilizando e manipulando a condição dos menos favorecidos, busca a subversão de todos os valores morais e sociais que a Igreja sempre pregou. A teologia marxista condenada de há muito.

Frei Betto, um dos próceres de tal teologia (para chamá-la assim) considerava o Pe. Lancelloti um "santo" moderno. Este "santo", fiel a certas doutrinas da esquerda e em nome dos "direitos humanos", fez sistematicamente um trabalho em prol dos marginais e agressivo em relação às autoridades policiais.

Escândalo abala "esquerda católica"
Estourou, finalmente, um escândalo. Um escândalo que inclui envolvimento com ex-internos da Febem, protegidos do Pe., denúncias de pedofilia e de relações homossexuais, chantagem, desvio de vultosas verbas de ONGs. Tudo muito longe de ser esclarecido.

Chamou a atenção o engajamento de líderes da "esquerda católica" em defender incondicionalmente o Pe. Lancelloti, inclusive o Arcebispo de S. Paulo, D. Odilo Scherer.

Chamou igualmente a atenção o afã com que o PT se apressou em sair em defesa do Pe. Lancelloti. Greenhalg, eminente petista, foi nomeado para entrar no caso como advogado de defesa. O mesmo Greenhalg que Lula se apressou em chamar para "esclarecer" o assassinato do Prefeito de Santo André.

A propósito deste rumoroso caso, o doutor em jurisprudência pela Universidade de Urbino (Itália), e especialista em Direito Canônico, Francesco Scavolini, escreveu na Folha de S. Paulo (19.nov.2007) o contundente artigo Sujeira na Igreja:

  • ""Quanta sujeira existe na igreja! Até mesmo no meio daqueles que, sendo sacerdotes, deveriam pertencer inteiramente a Deus". Essas palavras foram pronunciadas pelo então cardeal Ratzinger durante a meditação da Via Sacra no Coliseu, em Roma, na Sexta-Feira Santa de 2005, poucos dias antes da morte do papa João Paulo 2º.

    É provável que, com as referidas palavras, o futuro Papa quisesse referir-se não somente aos casos de abuso sexual envolvendo o clero mas também aos desvios e erros doutrinários com graves conseqüências éticas e morais para a vida da igreja e da sociedade. ....

    Infelizmente, parece que, no Brasil, algumas das autoridades da Igreja Católica nem sempre seguem o exemplo da Santa Sé.

    Por exemplo, se essas autoridades tivessem punido e afastado o padre Lancelotti uns anos atrás, quando ele, violando as normas canônicas, apoiou pública e abertamente, tanto em 2000 como em 2004, a candidata a prefeita Marta Suplicy (Marta, que defendia e defende ainda hoje o aborto, o divórcio, o casamento entre homossexuais, a descriminalização das drogas, foi fazer até comício dentro da igreja do padre Lancelotti, no altar, tendo ao lado o mesmo padre, que pedia votos para ela), teriam certamente cumprido sua tarefa de preservar o povo católico e a sociedade de gravíssimos desvios éticos e morais, poupando também a igreja do grave escândalo que a atinge.

    De fato, a principal função do magistério eclesiástico é a de guiar o povo de Deus no caminho da fé. Contudo, parece que alguns desses guias perderam, eles mesmos, o rumo.

    Vou citar somente um exemplo. Em agosto de 2005, no cume da crise de corrupção que aturdia o governo, o presidente Lula, buscando o apoio da igreja, enviou uma carta à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) em que, reafirmando explicitamente o seu catolicismo, não só tomou posição em defesa da vida em todos os seus aspectos e em todo o seu alcance mas também prometeu que o seu governo não tomaria nenhuma iniciativa que contradissesse os princípios cristãos.

    Música para o ouvido dos bispos e do povo católico, não fosse que, um mês mais tarde, o governo Lula decidiu apresentar ao Congresso, por meio da ministra Nilcéa Freire, o projeto para a liberação do aborto.

    Esse projeto, incorporado ao texto do substitutivo da então relatora Jandira Feghali, está em tramitação no Congresso e permite a descriminalização total e absoluta do aborto (sim, caro leitor, se o referido projeto for aprovado pelo Congresso, qualquer bebê poderá ser eliminado até poucos minutos antes do nascimento sem que os matadores sejam punidos).

    E o católico Lula, será que foi punido por ter enganado a igreja ? Não, caro leitor, mesmo depois de tudo isso, mesmo depois de ter sancionado a lei que permite a manipulação e a destruição de embriões humanos, mesmo depois de ter recentemente chamado de hipócrita a igreja, o católico Lula, bem como o católico Lancelotti, não foi punido pela igreja.

    Lula, aliás, foi premiado com a recente visita do ex-arcebispo de São Paulo, dom Cláudio Hummes, que foi celebrar missa para o presidente e uns poucos convidados na capela do Palácio da Alvorada e, durante a homilia, comparou Lula a Jesus."
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9 comentários:

Anônimo disse...

O padre Júlio Lancellotti participou de todas as campanhas eleitorais de Lula. Em 2002, Lula apresentou a seguinte "solução" ao tratar do problema dos menores abandonados:"Você pega o padre Júlio e bota ele pra cuidar de crianças, ele vai cuidar melhor do que qualquer aparelho de estado". É, vocês viram, pois é, dependendo do que a polícia descobrir talvez não seja uma idéia tão boa botar o padre Júlio para cuidar de criança.

Anônimo disse...

O padre Júlio Lancelloti era o coordenador da Pastoral do Povo de Rua. Doravante será conhecido como o "coordenador da Pastoral da Mitsubishi Pajero.

Anônimo disse...

O padre Júlio Lancellotti declarou que pode contar apenas com os 1.000 reais que recebe.MENTIRA. Desde 1975, ele é funcionário contratado da Febem, e continua a ganhar do estado 2.400 reais. Afora sua ONG, Bom Parto, para a qual a prefeitura repassa 500.000 reais. A polícia precisa esclarecer de onde saiu o dinheiro para pagar a "chantagem"? "presente"? ao Anderson Batista.

Anônimo disse...

No ano passado o padre Júlio Lancellotti acusou a prefeitura paulistana de práticas "higienistas", por querer tirar os moradores de rua do centro da cidade dando-lhes "só um albergue". Pode-se avaliar que o padre ofereceu ao morador de rua que ameaçou denunciá-lo por pedofilia, mais do que um albergue. Ofereceu-lhe o aluguel de uma casa, uma bicicleta, uma motocicleta, um terreno, uma viagem à praia e ei-la + uma mitsubishi pajero. Bem que ele poderia estender sua "amizade" a todos os moradores de rua da cidade.

Anônimo disse...

O Ministério da Saúde(ministro Temporão) desconsiderou a Conferência Nacional de Saúde que proibiu a discussão sobre aborto no país. Temporão passou a destacar o tema e a defender um plebiscito para "decidir" sobre a descriminização da interrupção da gravidez. As feministas de diversas matizes e o grupo "Católicas pelo direito de decidir" vêem o ministro com bons olhos e rotulam de "patrulha do fundamentalismo religioso" quem opõem-se ao aborto. Meu Deus! Quem é contra o aborto defende a vida e não a morte!

Anônimo disse...

Quem tem memória lembra-se da notícia veiculada em jornal sobre o casamento da filha de Antônio Ermírio de Moraes na Catedral da Sé, (salvo engano em outubro de 2005) e a performance de "líder" do padre que juntou-se aos moradores de rua para fazer a "demagogia da titicaria da libertação" que os "oprimidos" estavam do lado de fora da igreja e os "opressores" estavam lá dentro. Ora, francamente, onde está o afã deste padre de converter os incrédulos pelo coração e não com demagogia barata, colocando o maniqueísmo BEM e MAL, pobres e ricos, oprimidos e opressores, etc. O padre deveria abandonar ou ser expurgado da Igreja Católica e candidatar-se a algum cargo eletivo. Poupe os católicos da sua sujeira, Pe Júlio Lancellotti.

Anônimo disse...

O escândalo protagonizado pelo Sr. padre Júlio Lancelloti foi bem aproveitado pela Rede Record do "bispo" Edir Macedo (que é a favor do aborto), que exibiu até um "ESPECIAL" sobre a pedofilia dos padres, principlamente americanos, objetivando atingir todos os que professam a fé na Santa Igreja Católica e quem sabe arrebanhar os "católicos fracos" para seu "rebanho de puros". Esse Sr. padre Lancellotti deveria ser expurgado, execrado publicamente pelos seus desvios ideológicos, morais e teológicos. Enquanto isso os "evangélicos" estão contentes com a sujeira fétida que exalou do episódio deprimente e desse padre inominável.

AMADO POR JESUS disse...

A falha da Igreja Católica é justamente tolerar o pecado em suas fileiras. Na Igreja Evangélica também há casos de corrupção moral. A diferença é que o infrator é levado à disciplina pela igreja local.
Não quero aqui defender o Bispo Macedo, mas não creio que ele defenda o aborto. Um cristão não pode defender tal prática.
Creio que a intenção do atual papa católico é justamente apertar o cerco em relação a certas práticas pecaminosas no meio sacerdotal católico. No que faz ele muito bem.

Anônimo disse...

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