O Natal dos que não querem a paz
"Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade!"
Estas palavras do cântico angélico fazem ressoar em nossos espíritos os encantos da data em que nasceu o Salvador do mundo.
"Paz na terra"; sim, esse inefável sentimento de doçura e de serenidade, de uma paz que provém da ordem, povoa sempre nossos espíritos no Natal.
Mas, mas... os Anjos completavam seu canto com as palavras "aos homens de boa vontade!", como que a anunciar que viriam homens que não seriam de boa vontade e que não desejariam essa paz.
No Natal, a pregação da guerra
Enquanto, pelo Brasil afora, milhões de brasileiros se esforçam para fazer crescer este País, na harmonia e na concórdia, outros - poucos, mas ativos - utilizam até esta data natalina para atiçar seus planos de desordem, de esbulho e de guerra.
Refiro-me aos tão decantados "movimentos sociais", especialmente ao MST, que lançou uma mensagem de Natal que nada mais é que um brado de guerra, em nome de ideais retrógrados e que levaram na história recente da humanidade ao holocausto de milhões de vidas humanas, para transformar radicalmente a sociedade.
Um brado de guerra contra aqueles que produzem, que trazem a prosperidade, as melhoras que se multiplicam por todo o corpo social.
Os líderes do MST, fanáticos de um miserabilismo anti-consumista, qualificam sua guerra ao agronegócio como "fazer nascer o impossível".
Sim, o impossível, o inimaginável. Em vez da "paz para os homens de boa vontade" de que nos falam as festas natalinas, a guerra do fanatismo para implantar a discórdia e a miséria.
Terrorismo e movimentos sociais
Mas vejamos agora alguns trechos da própria Mensagem de Natal do MST aos seus militantes. É impressionante notar como o movimento se ufana de suas ações ilegais, até daquelas que levaram à morte, bem como do apoio que recebem do Governo Federal com seus cursos especiais em Universidades Federais.
Certeza de impunidade! Apoio governamental! Estas são as verdadeiras "armas" dos movimentos sociais, como o MST.
Ah! ia esquecendo. O governo decidiu não mais levar adiante um projeto de lei de combate ao terrorismo no País, para "não prejudicar os movimentos sociais". Curioso, não acham? Quer dizer que movimentos sociais e terrorismo andam juntos. Isso explica a mensagem de guerra, por ocasião do Natal (voltarei a este assunto).
Agora, sim, a mensagem de Natal do MST, com suas inverdades e incitações à desordem:
- "Para o ano que se inicia fica a certeza da continuidade da luta e de que colheremos os frutos das sementes plantadas
O ano de 2007 vai chegando ao fim e por isso gostaríamos de socializar com você um balanço político da nossa luta. Queremos prestar contas do que fizemos na nossa trincheira, que é a luta pela Reforma Agrária. Queremos compartilhar com nossos companheiros e companheiras, que militam em outras trincheiras, o que fizemos nesse período, e ao mesmo tempo, reafirmar nosso compromisso na luta pela transformação desta sociedade.
Acreditamos que o ano de 2007 foi importante para a organização da nossa militância, na luta pela Reforma Agrária e também pelas lutas gerais que travamos em alianças com diversos outros movimentos do campo e da cidade. O ano também foi importante para que pudéssemos amadurecer nosso entendimento de que não é possível fazer Reforma Agrária se não derrotarmos o agronegócio. ....
Nossas Lutas
Começamos o ano com uma grande mobilização que marcou o 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Em vários estados mulheres trabalhadoras rurais se organizaram em luta por Soberania Alimentar e Contra o Agronegócio. Em São Paulo, as mulheres da Via Campesina ocuparam a Usina Cevasa, agora controlada pela estadunidense Cargill, e em outros estados foram ocupadas áreas da Aracruz Celulose, da Stora Enso e da Boise.
Em abril, realizamos uma grande Jornada de Luta pela Reforma Agrária. Foram feitas marchas, ocupações de latifúndios improdutivos, protestos em prédios públicos, fechamento de praças de pedágios e de estradas em 24 estados, onde estamos organizados. A jornada também cobrou punição aos assassinos dos 19 Sem Terra executados em abril de 1996, em Eldorado dos Carajás (PA). E seguimos em mobilização no mês de maio, quando nos reunimos aos movimentos populares urbanos e centrais sindicais para realizar a jornada unificada do dia 23. "Nenhum Direito a Menos", contra as reformas neoliberais, a retirada de direitos dos trabalhadores e a política econômica do governo Lula.
No segundo semestre também realizamos atos e ocupações no Dia do Trabalhador Rural, celebrado no dia 25 de julho, quando ocupamos a fazenda Boa Vista, em Alagoas, de propriedade da família Calheiros. Fizemos a Jornada Nacional em Defesa da Educação Pública (realizada em agosto), junto com os estudantes para cobrar acesso às universidades, e participamos da Campanha "A VALE é Nossa", que teve como ponto alto a realização do plebiscito popular, em setembro. Foram 3.729.538 de brasileiros que participaram, dos quais 94,5% votaram que a VALE não deveria continuar nas mãos do capital privado.
Ocupações e marchas seguiram pelos meses de setembro e outubro, em quase todos os estados, para denunciar o abandono em que se encontra a agricultura familiar e a Reforma Agrária. No Rio Grande do Sul, três colunas de trabalhadores e trabalhadoras marcharam por 62 dias rumo ao grande latifúndio – Fazenda Guerra, em Coqueiros do Sul, para cobrar a desapropriação da área para a Reforma Agrária. E fechamos o ano com as ocupações das sedes da empresa suíça Syngenta Seeds, em vários estados, e com a ocupação da Estrada de Ferro Carajás, da VALE, no estado do Pará.
Não podemos nos calar ao lembrarmos com saudade os companheiros e companheiras que pagaram com a própria vida o direito de lutar. É o caso de Valmir Mota de Oliveira (Keno), executado a sangue frio no dia 21 de outubro, por uma milícia armada contratada pela transnacional Syngenta, em Santa Teresa do Oeste, no Paraná. Perdemos também outros companheiros e companheiras como Maria Salete Ribeiro Moreno (MA), Cirilo de Oliveira Neto (RN), Dênis Santana de Souza (PE), para citar alguns.
Prioridade na Educação
Em 2007 seguimos investindo em educação e formação. Nossa Campanha Nacional de Solidariedade às Bibliotecas do MST arrecadou mais de 220 mil exemplares de livros! Estamos orgulhosos pelo apoio recebido de muitos parceiros, intelectuais e amigos, que se dispuseram não só a doar os livros, mas também a divulgar nossas idéias. Também temos orgulho dos nossos 2.500 jovens camponeses que estão fazendo graduação em universidades e dos nossos 240 jovens que foram estudar medicina na Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM), em Cuba. Também nos orgulhamos do crescimento da Escola Nacional Florestan Fernandes, como um patrimônio, não só para a formação do MST, mas como local de formação de toda a classe trabalhadora. ....
Sabemos que o próximo ano não será fácil, assim como 2007 não foi. Sabemos que a disputa entre os dois projetos de agricultura vai se acirrar ainda mais. Porque no modelo do agronegócio e das transnacionais não há lugar para os camponeses nem para o povo brasileiro. Eles querem uma agricultura sem agricultores! Por isso seguimos nossa luta contra o agronegócio, pela ampliação da desapropriação de terras para a Reforma Agrária, contra as sementes transgênicas, contra o domínio do capital estrangeiro sobre a agroenergia, contra a expansão da cana e do eucalipto. Lutaremos para impedir o avanço da propriedade estrangeira, que vem dominando nosso território. Em todas essas lutas esperamos encontrar você que sempre nos apoiou.
Um ótimo ano de 2008 para todos (as) nós com muita luta e muitas vitórias! Reforma Agrária: Por Justiça Social e Soberania Popular!
Secretaria Nacional do MST
Em 2008 Seguiremos Lutando e Fazendo Nascer o Impossível!"
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4 comentários:
Olá Sr Sepúlveda
Excelente seu post sobre a face real do MST, métodos e sua consciência de que ficarão impunes e prosseguirão infringindo a lei, colocando-se como vítimas de um sistema.
Vilipendiam a inteligência de qualquer brasileiro simples e comum (na qual insiro-me)que trabalha. Vilipendiam os direitos dos seus concidadãos como se eles fossem algo mais e além de simples cidadãos. E o braço da lei? Amputam, pois a ignoram, sim, porque tem as "costas quentes".
É inaceitável esse modus operandis e modus vivendis desse "movimento". Incluem no seu "discurso" os camponeses, o povo brasileiro. Tirem-me daí. Não sou brasileiro conforme a ótica dessa gente. Camponeses, termo mais amplo e que refere-se a algumas atividades rurais, também não seria a designação apropriada.
Enfim, essa gente cresceu com dinheiro nosso, ou de onde viria o dinheiro senão dos impostos que TODOS pagam, desde A a Z. Quanto custa financiar cada "família" assentada? Lula poderia responder? Ou o intragável Stédile tão "moderado e conciliador" responderia com probidade? Ou o José Rainha informaria com precisão a origem dos "financiamentos" e critérios de escolha das ´"famílias".
Ultraje, verdadeiro ultraje, verdadeira convulsão social anacrônica e despropositada, verdadeira manipulação para fins eleitoreiros, vergonha nacional toda essa "auréola" de "bonzinhos e injustiçados". Quem simpatiza e acoberta os crimes e abusos de toda sorte dessa gente não são camponeses, tampouco brasileiros, nem cidadãos de bem, são os "esquerdopatas".
Nossa...não sei se é para rir ou chorar!!!
beijos bom 2008!
Sr. Sepúlveda
No ano de 1932, um avô faleceu e legou aos seus quatro filhos,
Feliciano, Santiago, Leontina e Oscar suas terras. Foi repartida dentro dos ditames legais e cada filho recebeu seu quinhão e constituiu família. Um desses filhos chamado Oscar casou-se com Antônia e tiveram doze filhos. Faleceram e a terra foi dividida entre os doze. Orlando, filho mais velho, sempre fora o braço direito do pai e tomava conta com competência e gôsto. Sacrificou-se para que os irmãos mais novos fossem estudar e ficou com o pai. O patrimônio foi mantido, preservado e cresceu. Falecido o pai, dividiu-se pelos doze filhos e Orlando não requisitou nada além do que a lei determinava. Havia terra para todos. Até hoje com seus 85 anos, Orlando prefere morar na fazenda, trabalha, alimenta-se bem, constituiu família, teve cinco filhos e deve ter uns nove netos.
Pois bem, para que contar essa história? Porque na década de 80, invadiram a fazenda do Orlando. Ele ficou revoltado ainda mais quando umas freiras o chamaram de latifundiário (como se fosse um palavrão e de modo depreciativo), como se ele tivesse a vida inteira sido um vagabundo. Ele procurou os meios legais e naquela década foi possível remover os invasores e cumprir a lei.
Esse é um capítulo da história da vida de meu tio Orlando, nascido em Coxim, no estado então, de Mato Grosso, filho primogênito e que tinha onze irmãos.
Está claríssimo, tanto as motivações como os objetivos do MST. Motivo de riso? Motivo de choro? Nossa! Não te contamines tchê!
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