A invasão das instalações da Petrobrás por tropas bolivianas, e os atos jurídicos que se lhe seguiram, foram, segundo Evo Morales, para devolver as fontes de energia do país ao povo!
Numa atitude que deixou muita gente perplexa, o Presidente Lula, em vez de defender os interesses brasileiros gravemente atingidos por um desrespeito a acordos e contratos, qualificou o ocorrido como um "ato de soberania".
Em matéria assinada por Cláudia Schüffner, o jornal Valor (18.set.2007) noticia que o governo boliviano anunciou investimentos externos em energia no valor de US$ 587,8 milhões. Alguns especialistas consideram o anúncio um "esforço de propaganda", e consideram que os novos investimentos são uma incógnita. As empresas estariam apenas fazendo os investimentos mínimos para cumprir contratos.
O que é fato é que as turbulências políticas geradas pelo governo do Presidente Evo Morales - o aliado do governo brasileiro - têm produzido graves prejuízos ao Brasil. Ainda segundo a citada matéria jornalística, a Petrobras foi obrigada a atender o mercado interno por uma resolução governamental que atingiu também outras empresas. Por essa medida, cada metro cúbico de gás, que poderia ser exportado por US$ 3,85 (preço na boca do poço sem tarifas de transporte), é vendido a US$ 1,30/1,50, o que acarreta uma queda evidente da receita.
Ainda segundo o mesmo jornal Valor (18.set.2007), a política energética do governo boliviano vem causando outros prejuízos ao Brasil:
- "A suspensão pelo governo boliviano do fornecimento de gás à usina termelétrica Governador Mário Covas, em Cuiabá (MT), deixou 'vulnerável a distribuição de energia' na cidade, segundo a Centrais Elétricas Mato-grossenses (Cemat). Desde o início do mês, a Bolívia mantém a suspensão. O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), decretou ontem situação de emergência devido 'às constantes oscilações e queda de energia elétrica', que, segundo ele, prejudicam o abastecimento de água ao danificar máquinas da companhia de saneamento".
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