O Brasil, sem a intervenção do Estado, viveu um ciclo virtuoso em matéria de produção de álcool combustível. As exportações cresceram e o País conquistou 35% do mercado mundial. É claro que os empresários e analistas acham importante que se adotem regras que regulem o setor. Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura e coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas é um dos que reconhece que o setor precisa ser organizado. Mas ele mesmo constata que há um grande temor do setor produtivo e dos investidores pela extensão das medidas preparadas pelo governo.
Ainda é a revista Época (3.set.07), na matéria assinada por Alexa Salomão e Murilo Ramos e intitulada Vem aí a Alcoolbras?, quem alerta:
- "A intervenção estatal poderia prejudicar a ambição do Brasil de se tornar o grande fornecedor mundial de combustíveis alternativos. Vários investidores nacionais e estrangeiros acreditam nesse potencial e têm investido muito dinheiro em usinas no país. Em 2006, foi anunciada a construção de cerca de 150 usinas, um investimento estimado em US$ 14 bilhões. "Quem vai querer investir no Brasil ou comprar nosso álcool se houver ameaça de intervenção do Estado?", diz Rodrigues. No Congresso a idéia também causou estranheza. ....
Roberto Giannetti da Fonseca, diretor de Relações Internacionais da Federação das Indústrias de São Paulo [diz]: "Só depois que os usineiros se livraram das amarras do governo o setor foi para a frente e o Brasil tornou-se a potência que vemos hoje nessa área. Ressuscitar o intervencionismo é um grande retrocesso".
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