quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O "choque de gestão" em números

"É espantosa a afirmativa do Presidente Lula de que o choque de gestão na administração pública brasileira se dará pela contratação de um maior número de servidores. O ineditismo da frase somente é inferior à perplexidade que causa, até mesmo a quem tenha conhecimentos rudimentares de administração pública ou privada. Em um país com um mínimo sentimento de cidadania, tal barbaridade produziria uma comoção política". Foi com estas palavras que Everardo Maciel, ex-secretário da Receita Federal, comentou as recentes declarações do Presidente.

Apenas para conhecer, em números, o conceito de "choque de gestão" enunciado pelo Presidente Lula, aqui fica a transcrição de parte de uma matéria publicada no jornal O Globo (2.out.2007), sob o título Governo Lula já criou quase 100 mil vagas:

  • "Desde 2003, o governo federal autorizou a criação de 94.765 vagas, por concurso público, em todos os órgãos do Executivo, e este número poderá crescer ainda mais até dezembro. Soma-se aos funcionários concursados o maior número de cargos em comissão, que passaram de 17.559 em 2003 para 19.724 até fevereiro passado — um aumento de 12%. Dados do Ministério do Planejamento, apontam que este ano, até setembro, já haviam sido autorizados concursos para preencher 13.280 vagas. Como o Orçamento de 2007 permite que sejam contratados até 28.727 servidores para o Executivo, até o fim do ano novos concursos devem ser autorizados.

    Esse ritmo crescente de contratações de servidores faz parte da política do governo petista de reforçar a máquina pública. Em 2008, continuará forte. Para o ano que vem, o projeto de Orçamento permite concursos para preencher até 40.032 vagas no Executivo. Desse total, 7.501 são postos totalmente novos, recém-criados. As contratações estão distribuídas em sete áreas: seguridade social, educação, esportes, defesa, segurança pública, gestão e diplomacia.

    O custo estimado das novas contratações nos cofres públicos em cinco anos de governo Lula é de R$ 53 bilhões. O resultado é que o contribuinte paga mais pelos servidores. Em 1995, o gasto do país com funcionalismo era de R$ 35 bilhões. Em 2002, último ano do governo Fernando Henrique, esse valor passou para R$ 75 bilhões. Nos últimos cinco anos, o crescimento da folha tem dado saltos. Em 2005, era de R$ 100 bilhões. Este ano, está em R$ 118 bilhões, e a previsão para 2008 é de um gasto de R$ 130 bilhões".
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3 comentários:

Letícia Losekann Coelho disse...

Está tão ridículo este Governo!! Bom, nada mais que o normal... petistas deturpam conceitos, tudo muda de sentido inclusive o choque de gestão!! Pura palhaçada

Anônimo disse...

É a contra-mão do senso de respeito à coisa pública. Cargos de confiança são moeda de troca: quanto mais a distribuir mais barganha política. Somente com uma carga tributária monstro para manter esse exército de cabos eleitorais. Quanto mais expande a "base aliada" mais vagas se criam.
É uma lástima que um partido que chegou ao governo com a bandeira da ética em punho esteja agora trabalhando com bandeira-dois, ou seja, cobrando o dobro para carregar a nação.

Obrigado pela visita ao Mini Contos. Espero vê-lo por lá novamente.

Sílvio

Anônimo disse...

Obrigada pela visita.
Apareça por lá sempre que quiser.
Bom domingo!