sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Chávez comemora apoio de Lula

Chávez comemora apoio de Lula
A defesa feita pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva do regime ditatorial que Hugo Chávez está a ponto de instaurar na Venezuela, com sua nova reforma constitucional, foi comemorada com euforia pelo caudilho.

Lula afirmou que não é possível criticar a Venezuela por falta de democracia, e defendeu o regime de democracia popular (plebiscitismo), em que o líder governa as massas por consultas diretas, prescindindo dos mecanismos próprios ao Estado democrático de Direito (veja o post abaixo Lula, o "chavista" dissimulado).

Defesa de Chávez e de si mesmo
As declarações presidenciais são graves, por diversas razões. Antes de mais, pela defesa de um regime ditatorial que tanta relação diplomática e ideológica mantém com o Brasil. Depois, porque qualquer pessoa, com um mínimo de perpcepção, vê que a defesa de Lula é também em causa própria e visa justificar um eventual golpe "democrático", que mude as regras institucionais do regime constitucional que Lula jurou defender ao se tornar Presidente.

"Todas as declarações que Lula fez anteontem a propósito dos esforços de seu amigo Hugo Chávez para perpetuar-se no poder servem, à perfeição, para o próprio Lula", advertiu o insuspeito Clóvis Rossi, na Folha de S. Paulo (16.nov.2007).

Lembrem-se, o PT no seu 3º Congresso fez voltar o socialismo a suas metas programáticas e pediu a realização de uma Constituinte da reforma política (veja o post O homem do partido e o partido do homem).

Declarações sob medida
As declarações de Lula vieram a calhar para Hugo Chávez. O Presidente da Venezuela comemorou a preciosa defesa feita pelo "companheiro" petista como um aval a seu modelo socialista, que qualificou como "eminentemente democrático".

Após elogio, Chávez pede aplausos a Lula, é o título da matéria da Folha de S. Paulo (16.nov.2007) que noticia o fato:

  • Hugo Chávez comemorou ontem as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nas quais o brasileiro diz que não é possível criticar a Venezuela por falta de democracia.

    Ao participar de um programa de rádio, Chávez -em campanha pela reforma constitucional que prevê o direito de reeleição ilimitada- leu ao vivo as frases do presidente brasileiro em sua defesa e completou: "Nosso modelo socialista é eminentemente democrático".

    Um dos trechos mais festejados por Chávez foi a definição de democracia apresentada por Lula com base no exemplo da Venezuela: "Eu acho que na democracia é assim, a gente submete aquilo que a gente acredita ao povo e o povo decide e a gente acata o resultado. Porque senão não é democracia". ....

    O informe também relata que "o chefe do Estado venezuelano destacou o companheirismo de Lula da Silva" e afirma que Chávez deixou claro que "o modelo socialista que está em construção na Venezuela e que se fortalecerá com a aprovação do projeto de reforma constitucional apresentada em agosto passado e que será submetida a referendo no próximo dia 2 de dezembro é eminentemente democrático".

    A Venezuela enfrentou protestos de estudantes e entidades sociais contra a reforma constitucional proposta por Hugo Chávez.
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7 comentários:

JP disse...

É uma vergonha a atitude de nosso país, ao ver um tirano levar a Venezuela e o seu povo para o buraco. Mas esperar o que de um presidente que tem o mesmo projeto para o Brasil?

Parabéns pelo blog!

Marco disse...

Caro Zé Carlos,

É prova de que o petismo não é democrático, assim como nunca foi ético, tem apenas fachada para enganar os desavisados.

E esse caso de apoio à ditadura chavista é apenas a pontinha. Lembra-se da cúpula dos países Arabes e Latino-americanos realizada aqui no Brasil, no primeiro mandato de Lula? O sujeito foi incapaz de pronunciar a palavra democracia.

Portanto, Olavo de Carvalho tem razão.

Anônimo disse...

Realmente é preocupante o rumo que os acontecimentos vão tomando. Pode parcer um bordão dizer isso, mas é realidade pura. A megalomania e o egocentrismo para não dizer mau caráter e outras coisas mais, vai delineando-se nas suas performances grotescas, autoritárias além de perigosas, porque engabela os incautos,além dos que recebem as "bolsas" esmolas e uma camada social de "carrapatos", não contando com os "fanáticos". Olha, se alguns ditos da oposição continuarem a "vender suas almas", diz o ditado popular, a vaca vai pro brejo.

Letícia Losekann Coelho disse...

Petistas deturpam qualquer significado...já estava na hora de inventar um novo para democracia!! São ridículos isso sim...a começar pelo Lula!
beijos:)

Esteban Crustille disse...

caros brasileños,

?cuál es la verdadeira intencción de presidiente de brazil.

?Es miedo de Chavez,
?ou es copiar el ditador

para nosotros Lula de Silva quer copiar el ditador Hugo Chavez y con iso inplantar en brazil la gran ditadura chavista.
iso es una gran preocupación para america latina y mundo.
si acá nosotros hablamos que brazucas sos covard por aceitar las condición y atitud de presidiente Lula, muchas razión nosotros tiemos en hablar.

muchas gracias,
esteban crustille
cordoba

Anônimo disse...

Prezado cordobez,

Enquanto o Brasil for Estado democrático e de Direito ao povo brasileiro basta demonstrar sua vontade nas eleições. Valentia iremos mostrar o dia em que o Estado cair ou quando algum estrangeiro resolver ditar norma neste País.

Cuidado com quem você chama de covarde... eu posso estar perto... você não teria tempo para refletir melhor...

Ybiraguaçu.

Anônimo disse...

Quanta ignorância junta, putz, que povinho burro esse. Chamar o governo de "petista". Quem está no poder? Os mesmos de sempre seus burros! Sarney`s, Orestes Quercia, o PMDB em geral, o PTB de sempre. O petismo atual é a continuidade do tucanismo, militarismo etc e tal. Quanto ao apoio ao Chavez, bobagem ridícula e preconceituosa. O cara não consegue ser pior do que a parasitária elite venezuelana fez por toda a história daquele país. Leiam a história da Venezuela e descubram que o processo atual é uma reação(certa ou errada é problema deles) ao descalabro que a sociedade branca, católica e capitalista fez com o que eles chamam de país.