domingo, 25 de novembro de 2007

Dom Luiz, Príncipe com estatura de estadista

Dom Luiz, Príncipe com estatura de estadista
Continua a ecoar largamente pelo mundo a já célebre frase do Rei de Espanha, Don Juan Carlos - "por que no te callas?" - dirigida ao caudilho venezuelano, Hugo Chávez (leia o post O Rei manda o tirano calar-se).

Há músicas, toques de celular, comentários políticos, jornalísticos, aplicações da frase a outros personagens, debates televisivos, etc. Ficou, sobretudo, a certeza de que foi necessária a tradição e a dignidade da instituição real para, finalmente, com as simples e determinadas palavras do monarca, calar e desconcertar a Chávez.

Chávez repete todos os dias diatribes e impropérios contra o monarca espanhol. Em vão! A cada um deles se afunda mais e passa recibo da humilhação que recebeu (leia o post Por que não te calas?).

Faz falta alguém com a estatura do Rei
João Mellão Neto, em artigo para o jornal O Estado de S. Paulo (23.nov.2007), A força moral de um rei, ao comentar a mencionada frase do Rei espanhol, destacou: "É preciso, para o bem das instituições democráticas, que, pairando sobre tudo, exista a figura impoluta de um rei, a cuja autoridade moral sempre se pode recorrer em momentos críticos. Além disso, todos os reis são cercados de alguma pompa, fausto e cerimônia. Nada melhor do que isso para representar, de forma condizente, os valores e a força de uma nação".

Faz falta, em nossa tão maltratada Nação, alguém com a estatura moral demonstrada pelo monarca espanhol no episódio, afirmou ainda João Mellão Neto. E completou: apesar de não ser monarquista, defenderia a restauração da monarquia no País se soubesse existir na Família Imperial brasileira a figura de um Príncipe com ascendência moral inconteste sobre o povo brasileiro, pois ele personificaria todos os valores e instituições do Brasil.

"Aqui nós temos uma missão"
A Folha de S. Paulo (25.nov.2007), apresenta a figura desse Príncipe, Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, em uma reportagem de Sylvia Colombo, de quase uma página do Caderno Mais!, dedicado à vinda da Família Real portuguesa para o Brasil:

  • "Não foram só os antichavistas que acharam merecido o "por que não te calas?" endereçado pelo rei espanhol Juan Carlos ao presidente venezuelano.

    Numa grande, porém discreta, casa no bairro do Pacaembu (São Paulo), onde funciona a sede da Casa Imperial do Brasil, dom Luiz de Orleans e Bragança, 69, viu no episódio um bom sinal.

    "A repercussão mundial da fala do rei mostra o carisma que a monarquia ainda possui. Chávez é um demagogo mal-educado, mas, quando apareceu o rei da Espanha, com séculos de tradição atrás de si, ele se sentiu inibido", disse, em entrevista à Folha, na sala decorada com brasões do império.

    O príncipe herdeiro da coroa brasileira é um homem de traços europeus e membro da TFP (Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade), instituição ultraconservadora católica.

    Dom Luiz é bisneto da princesa Isabel e trineto de dom Pedro 2º. Nascido na França, para onde a família real foi obrigada a se exilar por ter sido banida pela República, veio ao Brasil pela primeira vez quando já tinha 7 anos.

    "Lembro-me como se fosse hoje. Foi durante a Segunda Guerra Mundial, e me recordo das pessoas no navio comemorando quando o Japão pediu a paz. Quando cheguei ao Rio, havia uma névoa, e só se podiam ver nesgas do Pão de Açúcar. E eu, que até então me sentia totalmente em casa na França, pensei: 'Aqui nós temos uma missão'." ....

    Bem mais conservador que a linhagem de Petrópolis - à qual pertence, por exemplo, o festeiro e parlamentarista dom João, de Paraty -, o ramo de Vassouras dedica-se à divulgação da causa monarquista e à arregimentação de defensores do regime pelo país.

    Em 1987, durante a Assembléia Nacional Constituinte, dom Luiz escreveu cartas aos parlamentares brasileiros para pedir o fim da cláusula pétrea, que dizia que não podia ser colocada em discussão a forma republicana de governo. "Eu defendia que a cláusula era sumamente contrária aos princípios democráticos que os próprios parlamentares diziam professar. Afinal, era uma injustiça permitir que o Partido Comunista existisse e não permitir a existência dos monarquistas."

    Já em 1993, quando houve o plebiscito para decidir entre os três sistemas - presidencialista, parlamentarista e monarquista -, dom Luiz e seus irmãos se engajaram na luta por este último. ....

    Para ele, a forma ideal para o Brasil seria uma monarquia constitucional parlamentar.

    "O ideal seria que o regime tivesse algo de monárquico, algo de aristocrático e algo de democrático, com um Senado vitalício, uma Câmara de deputados eleita a cada quatro ou cinco anos, um Judiciário e um Legislativo independentes e um Executivo exercido por um primeiro-ministro, indicado pelo soberano, de acordo com a maioria parlamentar do momento. Além do Poder Moderador, que era algo genial que nossa Constituição do império tinha e que depois outros países, como a França, quiseram copiar", diz.

    Dom Luiz é também um entusiasta defensor das iniciativas de dom João 6º.

    "É preciso reforçar que dom João 6º não saiu fugido do Brasil, nem que era um bobalhão, como se diz hoje. As pessoas também falam que era um sujeito indeciso, mas a verdade é que era um tipo tranqüilo, que tocava as coisas com muita esperteza. Foram impacientes com ele. É verdade que não era um homem bonito, não podia ser considerado um Adônis, mas até aí..."

    Na comemoração dos 200 anos da vinda da família real, dom Luiz diz que gostaria de ser ouvido e que se pensasse em reescrever os livros escolares de história. "Houve uma campanha sistemática para denegrir nosso passado imperial e os grandes vultos desse período. Depois vieram os marxistas, que, com sua visão dialética, só vêem a luta de classes, e nunca a paz"."
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11 comentários:

Marco disse...

Zé Carlos,

Desculpe interromper o tom moderado e brando do seu texto, mas acho que Chávez tá ficando paranóico e, não demora muito, vai perder completamente o que lhe resta de juizo! Essa de, em rede nacional, chamar o presidente da Colômbia de cínico e mentiroso e de que não confia em mais ninguém do governo colombiano, congelando as relações diplomáticas entre os dois países. Sei não, meu amigo, mas acho que já está indo longe. A qualquer momento manda tropas paras as froneiras. Arma é o que não falta pra ele.

Volto a repetir: Olavo de Caravalho tem razão... mas parece não ter dito tudo.

Anônimo disse...

Temos três problemas no Brasil:

1º e 2º) Uma rainha e um rei legítimos que não reinam.

3º) Um "rei" ilegítimo - ou seria melhor dizer: Tirano - que reina e quer reinar para sempre.

Bem, a rainha que não reina é Nossa Senhora, que foi destronada de nossos corações.

O rei que não reina é Dom Luiz de Orleans e Brangança, que se encontra destronado por uma república que no mínimo - para dizer pouco mesmo - é contestável.

E o "rei" ilegítimo - hum! como coça os meus dedos para escrever: Tirano - que reina e quer reinar para sempre é "Dom Luiz Lula da Silva I". Nossa! Que nome para um dinastia, hein!

A situação do Brasil estará resolvida quando, tirando o "rei" ilegítimo, restaurar o reinado dos legítimos.

Lutemos pela restauração Religiosa, Moral e social do Brasil.

Edson / Salvador-BA

Unknown disse...

Realmente sorte do Brasil que teve Monarquia, tem príncipes e princípios. A pobre Venezuela de Chavez, esta sendo engolida pelo polvo revolucionário.

Realmente com o desmoralizada que esta a República quem sabe se uma volta da Monarquia não seria uma solução para os nossos problemas?

Anônimo disse...

Depois do mensalão e de outras bandalheiras políticas, da consequente desmoralização dos poderes institucionais, sobretudo do Congresso, da predominância na vida pública do interesse privado e da ausência de virtude republicana, os cidadãos buscam exemplos de governantes com espírito público. A revista Veja de 14/11/2007 com D. Pedro II na capa denota a carência da brasileiridade por um governante que tenha qualidades como ele tinha. Amor ao saber, tolerância política, a liberdade de expressão, entre outras mais, legado que ainda repercute em nós. D. Luiz, trineto de D. Pedro II é uma presença grave e respeitosa, muito significativa para os tempos em que vivemos. O Brasil precisa e deve conhecê-lo melhor para perceber o abismo entre o que significa integridade versus degeneração de uma república enlameada.

Anônimo disse...

Mas como assim ditador?

Vai deixar de ter eleições na Venezuela?

Letícia Losekann Coelho disse...

Hoje é o dia da blogagem coletiva dos blogueiros venezuelanos sobre a reforma política que o então imperador Chávez quer fazer!!
beijos

Marco disse...

Caro José Carlos,

Lembro-me do plebiscisto - presidencialismo, parlamentarios, monaruia. Optei pela república presidencialista. Mesmo porque influenciado pela democracia americana, da qual sou profundo admirador.

Passados esses anos todos, vejo ser difícil nos igualarmos aos americanos, seja nisso ou naquilo.

Diante da agressão de Chávez ao parlamento brasileiro, em se comparando com a atitude do Rei Juan Carlos com a covardia de Lula, bem que tive a vontade de termos um monarca capaz de fazê-lo se calar... rei não se curva diante de comunista.

Um abraço.

Anônimo disse...

Dom Luiz merece todo a nossa admiração e respeito pela presença discreta, íntegra, culta, inteligente e perspicaz.
Quando menciona que gostaria de ser ouvido, mereceria a atenção de todos aqueles que creêm em valores duradouros e inquebrantáveis que D. Luiz traz em si.
Também à respeito dos livros escolares e o denegrir do nosso passado imperial, ele tem toda a razão.
Nação que se preze tem memória e respeita aqueles que muito fizeram por ela. Como não considerar o benefício oriundo da vinda da Família Real para o Brasil? É necessário tecer nova leitura observando a grande importância de tal fato.
Saudações

Anônimo disse...

Que falta nos faz um monarca para não deixar que terceiros humilhem o país, como os representantes desse nocivo regime costumam fazer, junto a República. Antes não só Dom Luiz, mas seu pai e sua avó tivessem de fato reinado no país, hoje seriamos uma grande potencia. Potencia não só em riquezas e capital, mas uma potencia de princípios, de civilidade de amor a pátria. Hoje, ainda alguns tem esse sentimento, essa vontade de fazer o Brasil ser uma grande nação, esses que amam o país, são os ditos monarquistas, ondem vivem em uma eterna reciproca, amar o país por ser monarquista e ser monarquista por amar o país.
Parabéns ao Sepúlveda pela postagem da entrevista, vemos, de fato, pela fala de Dom Luiz, a grande majestade que esse senhor transmite, majestade e honra, que faltam hoje em dia na nossa sociedade.

Anônimo disse...

A revista Veja apesar de destacar Dom Pedro II na capa(14/11/2007), não foi leal nem feliz no enunciado"coração de presidente" tampouco colocando a faixa presidencial na fotografia do imperador. Como disse o Sr Pedro Corrêa Brito"amar o país por ser monarquista e monarquista por amar o país". Melhor se a revista tivesse optado por colocar CORAÇÃO DE ESTADISTA" e o brasão da monarquia, ficaria condizente com a realidade e não algo fantasioso e anacrônico. Parabéns à D. Luiz pelas belas e proveitosas declarações que ao contrário do presidente da república, declaraçóes que instruem, sensibilizam e esclarecem. Congratulações

Jandeilson Galvão disse...

Carissimo Editor,

Venho por meio desta parabenizá-lo pelo blogger.
Manifestar minha alegria por ler notas importantes para a causa Monarquica.

Todo o blogger é um primor no que concerne a nossa causa.

Jandeilson Galvão.